quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Angá Avá - Os espíritos da Floresta

Capa do primeiro episodio de Angá Ava, as aventuras de Haans Staden em meio aos mais de 200 espíritos das etnias brasileiras 

Curioso como qualquer Otaku conhece de cór os mais de 500 pokemons e suas evoluções, mas quase ninguém consegue citar ao menos 10 etnias indígenas Brasileiras. Trata-se de quase um milhão de pessoas, divididas aproximadamente 305 grupos étnicos, falando 274 idiomas diferentes, com sua própria concepção de mundo, religião, conhecimentos únicos de botânica, ecologia e sustentabilidade.

Tal como constatei na postagem http://indigenasbrasileiros.blogspot.com.br/2016/01/indios-brasileiros-em-toy-art-grupos.html  seria muito fácil gerar interesse nas culturas indígenas em nossos jovens, se colocássemos essas etnias com suas historias e lendas no formato de formato de manga e animes, tal qual os Pokemons.

Nesse sentido, nos resolvemos apresentar nossa versão, num manga chamado Angá Avá, palavras em Guarani para designar os espíritos da floresta. de Pindorama

Sinopse 

Enquanto caminhava na floresta, o desenhista explorador Haans Staden buscava ilustrar cada detalhe de tudo que via em suas viagens pelo Brasil, até que certo dia encontrou um muiraquitã dentro de um poço, decidido a pegar a linda peça, Hanns cuidadosamente desce e percebe que o poço é muito mais fundo do que houvera percebido. Quando estava quase alcançando o muiraquitã, Hanns cai e fica inconsciente.
Ao perceber que Haans está exausto, um Tëpë Ashaninka oferece Piyarentsi (bebida ritual Ashaninka), com intuito de repor suas forças espirituais para assim, poder terminar sua jornada

Ao recobrar os sentidos, Haans se vê cercado de pequenos indiozinhos Xavantes, que chamam a eles mesmos de Angá Avás (espíritos da floresta), o pequeno indiozinho diz a Haans que ele acabara de chegar a um plano dimensional chamado de UHIRI, e que nesse plano uma batalha estava em curso entre os Napës e os Tëpës.

Revoltados com a ignorância dos homens das cidades, os Napë (palavra em idioma Ianomâmi para homens urbanos) indígenas de mais de duzentas nações do Brasil, os Tëpë (também em linguagem Ianomâmi, significa seres vivos, termo usado para se auto denominarem) pediram ao Grande Tupã que os impedisse de destruir a floresta. Sabendo que o progresso é inevitável o sábio Tupã decidiu que todas as questões fossem resolvidas uma a uma,  em arenas de disputa no plano UHIRI (plano florestal superior, também em ianomâmi ), sabendo que a cada vitoria ou perda nesse mundo, geraria conseqüências no mundo real, no qual Haans habitava.

Hanns chega a cidade de Salvador acompanhado de um Tëpë Xavante, palco de uma grande batalha.
Nessas disputas, os Tëpë só podem utilizar como armas os diversos espíritos da floresta, divididos em grupos pertencentes a seus elementos naturais, o fogo, o ar, a água e a terra, enquanto que os Napë podem utilizar as ferramentas existentes no mundo real. 

É então que Haans, percebe que seu material de desenho adquire poderes especiais e decide tomar partido, ajudando os Tëpë...

O temível Dr. Grille chega em seu Serra-Móvel auxiliado por Yuyura Kakuaavai (arvore malcriada em Guaraní)  um trapaceiro Angá Avá rebelde e vingativo 

Se você quiser saber mais sobre as aventuras de Haans, aguarde os próximos episódios de Angá Avá – Espíritos da Floresta.

2 comentários:

  1. Eu descobri seu blog ao começar minhas pesquisas sobre os povos indígenas, e só tenho a agradecê-lo pelo conteúdo riquíssimo e muito importante para valorização e preservação da história das nossas origens.
    Parabéns pela iniciativa.

    P.S.: Adorei a forma lúdica e muito útil de disseminar o conhecimento a respeito dos povos indígenas. Já estou ansiosa para o próximo episódio.

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    1. Muito obrigado por sua participação Ráh - quem sabe um dia essa historinha decola.

      Saudações

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