Toy Art etnia Tuxá |
# | Nomes | Outros nomes ou grafias | Família linguística | Informações demográficas | |||||||||
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208 | Tuxá |
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Os Tuxá foram o segundo povo indígena reconhecido pelo estado brasileiro na
Bahia e o terceiro no nordeste durante o século XX. Eles também tiveram um papel
destacado no processo que ficou conhecido como “levantar a aldeia”, onde mestres,
lideranças e pajés Tuxá, tiveram um papel estratégico na afirmação e no reconhecimento
étnico, em meados do século passado, de outros povos indígenas do sertão nordestino como
os Kiriri, Truká, Atikum, Pankará e Tumbalalá.
Cacique Manoel e Ana Beatriz Padilha – Aldeia Tuxá – Ibotirama – Blog dos Educadores TV Anísio Teixeira |
Localização
O povo Tuxá vive nos estados do Alagoas, Bahia e Pernambuco principalmente na cidade de Rodelas, em uma aldeia urbana de mais de 60 casas, no entanto a aldeia Mãe, Terra Indígena D’zorobabé, município de Rodelas na Bahia, pode sofrer uma reintegração de posse. Apesar da Terra Indígena estar em estudo de identificação e delimitação pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), primeira etapa do processo de demarcação, a Justiça Estadual da Bahia determinou a reintegração.
Terra Indígena Tuxá |
Além da aldeia na cidade, os Tuxá ocupavam diversas ilhas e em especial a Ilha da Viúva, no Rio São Francisco, que constituia seu exíguo território agrícola. A Ilha da Viúva foi submersa pela construção da hidrelétrica de Itaparica.
Lingua Tuxá
O tuxá ou tushá (também chamado de todela, rodela, carapató e payacú) é uma língua indígena do Brasil atualmente extinta e falada no passado por membros da etnia tuxá nos estados brasileiros da Bahia e Pernambuco. Uma equipe de pesquisadores conseguiu entrar em contato, em 1961, com dois idosos que lembravam de algumas palavras da língua original tuxá.1 Atualmente a etnia conta com cerca de 1600 membros, embora todos usem o português.
Com suas terras tradicionais inundadas, os Tuxá foram transferidos para três áreas, um grupo vivendo nos limites dos municípios de Ibotirama (Área Indígena Tuxá de Ibotirama), outro no município de Rodelas (Áreas Indígenas Tuxá de Rodelas e Nova Rodelas), ambos no estado da Bahia, e outro à margem direita do rio Moxotó, junto aos limites do município pernambucano de Inajá, onde se situa a Terra Indígena Tuxá da Fazenda Funil.
“É desconhecida a filiação lingüística dos Tuxá, supondo-se que a sua língua original fosse uma língua isolada.” (Anaí, 1981)
“Identificando-se como “tribo Tuxá, nação Proká, caboclos arco e flecha e maracá”, os atuais Tuxá parecem constituir uma das últimas das diversas etnias reunidas a partir do século XVII nas várias missões que se estabeleceram ao longo do curso do Baixo-médio São Francisco. A memória Tuxá registra particularmente episódios ligados à ocupação holandesa, destacando a figura de Francisco Rodelas, considerado o seu primeiro cacique, e que teria lutado ao lado de Felípe Camarão.” (Anaí, 1981)
“O ‘Toré’ e o ‘particular’ são as formas rituais encontradas entre os Tuxá e que se constituem em mecanismos diferenciadores frente à sociedade nacional. A primeira é uma manifestação pública e coletiva, aberta à participação de todos os índios, sem distinção de idade e sexo.. Durante a sua realização, os cânticos e a dança são acompanhados da ingestão de jurema e do uso de cachimbos rituais, de madeira ou barro, e de um apito especial de madeira para atrair as forças protetoras da ‘aldeia’. O ‘Particular’ constitui uma cerimônia mais fechada, realizada fora dos limites da cidade, vedado a qualquer participação de pessoas não envolvidas com o ritual, restrito aos adultos Tuxá casados, homens e mulheres. A utilização de jurema e fumo é bem mais intensa nestas ocasiões, que ocorrem regularmente a cada duas semanas. (Anaí, 1981)
Em nível de participação nos eventos de caráter regional, os Tuxâ promovem a ‘primeira noite’ de novenas, por ocasião da festa de São João Batista, padroeiro de Rodelas.” (Anaí, 1981)
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Fontes de informação
ANAÍ. Os povos indígenas na Bahia. Associação Nacional de Apoio ao índio, Seção da Bahia, 1981
Alexandra Y. Aikhenvald (1999). «13.». En Alexandra Y. Aikhenvald & R. M. Dixon, ed. The Amazoninan Languages (en inglés) (1ª edición). Cambridge University Press. pp. 341-384. ISBN 0 521 57021 2.
Meader, R. E. (1978). Indios do nordeste. Levantamento sobre os remanescentes tribais do nordeste brasileiro. (en portugués). Brasilia: SIL Internacional. pp. 65-92.
Fabre, Alain (2005): "Tuxá" (Diccionario etnolingüístico y guía bibliográfica de los pueblos indígenas sudamericanos)
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