domingo, 3 de janeiro de 2016

Indígenas Brasileiros em Toy Art - Grupos Étnicos

Etnias Indígenas em Toy Art
Existe um universo de culturas dentro do Brasil, que por medo, tédio e/ou preconceito, poucos se atrevem a conhecer, esse universo é composto por quase um milhão de pessoas, aproximadamente 305 grupos étnicos, falando 274 idiomas diferentes, eles tem sua própria concepção de mundo, religião, conhecimentos únicos de botânica, ecologia e sustentabilidade...

Para eliminar o ‘tédio’, adotei o perfil Tupi-Pop dos meus blogs, resolvi abordar cada etnia por meio de Toy Arts, e tal qual as centenas de Pokemons, personagens de Naruto, etc., as etnias indígenas serão assuntos de fácil entendimento aos *Otakus Tupi-Pop.

A partir do descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500, os europeus passaram a ter um grande contato com as etnias Tupi e Guarani que estavam espalhadas por praticamente toda a costa brasileira. Os Tupis chamavam os indígenas de fala diversa à sua de Tapuia – que, em sua língua, significava "inimigo". Este vocábulo foi incorporado pelos europeus, que passaram a considerar que, no país, havia apenas duas grandes nações indígenas: a Tupi-Guarani e a Tapuia.

Os Tapuias, considerados pelos europeus como mais primitivos e de catequese e conquista mais difíceis, foram duramente combatidos e exterminados – e muitos dos povos e tribos então existentes desapareceram de forma tão completa que sequer existe registro direto de sua existência.


Protegemos Tudo o que Amamos, más Para Amar Precisamos Conhecer

No século XIX, o cientista alemão Carl Friedrich Philipp Von percorreu grande parte do território brasileiro e propôs uma divisão dos índios brasileiros segundo um critério linguístico, englobando sua própria língua, costumes, e tradições. Entre esses grupos, destacam-se os quatro grandes identificados por Von Martius; os Tupi, os Macro Jê, os Aruak e os Karib. Cada um deles tem uma história única e contribui para a riqueza cultural do nosso país e outros mais de 16 grupos menores, identificados recentemente.

Por exemplo, Von Matius criou o grupo gê, que englobava etnias que falavam línguas semelhantes e que costumavam autodenominar-se utilizando a partícula gê, que significava "pai", "chefe" ou "antepassado"'. 

Os Tupi, por exemplo, são conhecidos por sua ampla distribuição geográfica e suas línguas pertencentes à família Tupi-Guarani. Já os Macro Jê incluem etnias como os Xavante e os Kayapó, que historicamente habitavam regiões como o cerrado e o Pantanal. Os Aruak, por sua vez, habitam principalmente a Amazônia. Por fim, os Karib, que incluem os Pataxó e os Karajá, têm sua história ligada às regiões dos rios Amazonas e Orinoco.

Ao usar a linguagem pop para representar esses grupos étnicos, estamos tornando a cultura indígena mais acessível e divertida para todos. É uma maneira de aprender sobre esses povos sem estigmatizá-los, mostrando seus principais atributos, como diademas, pinturas e tipos de plumagens, de uma forma respeitosa e inclusiva.



Toy Art de grupos étnicos, orixás, lendas e outros brasileiros de Luiz Pagano - a melhor maneira de aprender é se divertir sem estigmatizar o indivíduo 

Em 1953, a Associação Brasileira de Antropologia adotou a forma "Jê" em substituição a "Gê". Com a reforma ortográfica, que preconizava o uso de "j" em vez de "g" para os termos oriundos das línguas indígenas brasileiras, a palavra "Gê" passou a ser grafada "jJê".

Por apresentarem semelhanças nas suas origens é possível classificar os grupos linguísticos e os troncos linguísticos, o linguista Morris Swadesh fez um importante trabalho de classificação que alem da linhagem genética, levava em consideração o método conhecido como glotocronologia, no qual determina-se primeiramente a partir de um vocabulário básico de cem ou duzentos termos comuns, quais são os verdadeiros cognatos, (palavras que se demonstram serem derivadas de uma única palavra ancestral). Uma taxa de 81% de cognatos indica cinco séculos desde que as duas línguas se separaram; 36% indicariam aproximadamente 2.500 anos de separação;  12% uns 5.000 anos.

Infelizmente as línguas nativas de tribos indígenas brasileiras estão entre as mais ameaçadas de extinção no mundo - Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga era quase sinônimo de falar língua de índio. Somente 2 em cada 5 habitantes da cidade conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma” siba mais

Por motivos como esses, segundo uma classificação feita pela National Geographic Society e pelo Living Tongues Institute for Endangered Languages. Os idiomas índios estão sendo substituídas pelo espanhol, o português e idiomas indígenas mais fortes na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai, nos Andes e na região do Chaco, revelaram os pesquisadores. Por exemplo: menos de 20 pessoas falam Ofaié, e menos de 50 conseguem se expressar em Guató.

Grande maioria dos países foram construídos encima da destruição de povos, o Brasil é um dos poucos que ainda tem a importante chance de resgatar identidade e de aprender com o povo remanescente, dessa forma, conseguimos estabelecer a classificação de 20 grupos étnicos, sendo quatro deles os mais importantes (Tupi, Macro Jê, Aruak e Karib) descritos abaixo:

Grupo Tupi em Toy Art
1 - Grupo Tupi

Os Tupi são um grupo indígena que remonta aos primeiros contatos entre os povos nativos e os colonizadores portugueses. Originalmente habitando a costa brasileira, esses povos falavam a língua Tupi Antiga e desempenharam um papel fundamental na formação cultural e linguística do Brasil.

O Grupo Tupi é vasto e diversificado, composto por diferentes famílias, cada uma com suas próprias tradições e costumes. Entre elas, destacam-se os Tupi-Guarani, que são amplamente reconhecidos e têm influência significativa em várias regiões do Brasil. Além deles, há outras famílias, como os Arikém, Aweti, Juruna, Mawé, Puroborá, Mundurukú, Ramarama e Tuparí, cada uma com sua história única e contribuições para a cultura brasileira.

Esses povos possuem uma rica tradição oral, transmitindo suas histórias, mitos e conhecimentos de geração em geração. 

Grupo Macro-Jê em Toy Art
2 - Grupo Macro-Jê

Uma família linguística fascinante, que abrange uma ampla variedade de povos, línguas e nativas. Esses grupos têm uma presença significativa nas regiões não litorâneas e mais centrais do Brasil, contribuindo para a diversidade cultural e linguística do país.

Entre os povos e línguas do tronco Macro-Jê, destacam-se os Bororo, os Carajá, os Kaingang, os Xavante, os Xerente, os Timbira e os Maxakali, entre muitos outros. 

A influência das línguas Macro-Jê na língua portuguesa não é tão expressiva quanto as línguas do tronco Tupi, mas ainda assim deixou sua marca, principalmente em topônimos da Região Norte e Sul do Brasil, como Goioerê, Xanxerê, Erechim, Chapecó, Erebango, Campo Erê, Goioxim, Nonoai, entre outros.

Explorar a diversidade linguística e cultural dos povos Macro-Jê é uma oportunidade de entender melhor as raízes do Brasil e apreciar a riqueza e a complexidade das sociedades que habitam nosso país.

Grupo Aruak em Toy Art
3 – Grupo Aruak

O Grupo Aruak é um dos mais complexos e diversos da América do Sul e do Caribe. Suas línguas, também conhecidas como aruaques, nuaruaques ou arawak, formam uma família linguística amplamente dispersa, falada em regiões que se estendem do Paraguai ao norte, passando por países como Suriname, Guiana e Venezuela.

Esses povos aruaques têm uma longa história que remonta aos tempos pré-colombianos, quando se encontravam dispersos pela Amazônia, pelas Antilhas e pela Cordilheira dos Andes. Os grupos mais conhecidos incluem os taínos, que habitavam Hispaniola, Porto Rico e Cuba, bem como os lucaianos, nas Bahamas. Praticantes da agricultura, pesca e coleta, os aruaques desenvolveram uma cultura rica e complexa, como evidenciado pela cerâmica elaborada, aldeias circundadas e redes comerciais regionais.

O contato com os europeus, liderado por Cristóvão Colombo, trouxe mudanças significativas para esses povos. Embora inicialmente tenham sido recebidos com curiosidade e até mesmo atribuídos a origens sobrenaturais, as relações acabaram tomando um rumo amargo.

Grupo Karib em Toy Art
4 - Grupo Karib

O Grupo Karib, também conhecido como Caribe, é uma família linguística indígena presente na América Central e do Sul. Compreende cerca de 40 línguas, faladas por uma estimativa de 60 a 100 mil pessoas. Sua dispersão geográfica vai desde a foz do Rio Amazonas até os Andes colombianos, incluindo também regiões do Brasil central.

As línguas karibes são relativamente próximas entre si, com algumas das línguas mais faladas sendo o Pemón, o Kapóng e o Macuxi, que representam mais da metade dos falantes. Destaca-se entre elas a língua hixkaryana, que apresenta uma ordem de sentença única no mundo, seguindo a estrutura objeto-verbo-sujeito.

A classificação interna da família linguística Caribe inclui diversos ramos, como o Guianense, Venezuelano, Sul, Xinguano, entre outros. Cada ramo abrange diferentes grupos étnicos e línguas específicas, contribuindo para a diversidade dentro do grupo Karib.

No Brasil, as línguas caribes são faladas principalmente nas regiões setentrional e meridional, com grupos como os Macuxi, Waiwai, Wayana-Tiriyó, Ikpeng, Hixkaryana, entre outros. Essas línguas têm influenciado o português brasileiro, contribuindo com palavras como tacacá, piroga, mico, tuiuiú, entre outras.

Grupo Aikaná em Toy Art
5 – Grupo Aikaná

Ao grupo dos Aikanãs, pertencem os Massacá, Massaká, Huari, Corumbiara, Kasupá, Mundé, Tubarão e Winzankyi. Povos indígenas brasileirso que habitam o estado de Rondônia, na região da bacia do rio Guaporé. Sua língua, o Aicanã, é o principal meio de comunicação dentro da comunidade.

Esses indígenas vivem em três aldeias localizadas na Terra Indígena Tubarão-Latundê, situada a aproximadamente 100 quilômetros da fronteira com a Bolívia e a 180 quilômetros da cidade mais próxima, Vilhena, essa localização remota influencia significativamente o estilo de vida e as práticas culturais dos Aikanãs.

Como muitos povos indígenas no Brasil, os Aikanãs também enfrentam desafios relacionados à preservação de sua cultura, território e modos de vida tradicionais. A pressão externa sobre suas terras e recursos naturais, juntamente com questões sociais e econômicas, apresenta desafios contínuos para a comunidade Aikanã, a valorização e proteção dos direitos indígenas, incluindo o reconhecimento e a demarcação de suas terras, são questões essenciais para garantir o bem-estar e a continuidade desse povo e de sua cultura única.

Grupos Arawá em Toy Art
6 – Grupo Arawá

Os Arawá, (também conhecidos como Arauá, Deni, Jarawara, Kanamanti, Kulina, Paumari, Jamamandi e Zuruahá), são um grupo indígena que habita o sudoeste do estado brasileiro do Amazonas, mais precisamente na "Terra Indígena Deni", situada nos municípios de Itamarati e Tapauá.

Os primeiros contatos dos Arawá com o homem branco provavelmente se deram no final do século XIX ou primeiros anos do século XX.

Os Arawá estão entre os grupos indígenas da região dos rios Juruá e Purus que, na década de 1940, sofreram os impactos do segundo ciclo da borracha, que atraiu milhares de migrantes. Com estes, vieram doenças, violentas disputas territoriais e exploração da mão de obra indígena. Desde então, os Arawá tiveram que esperar décadas até terem seus direitos territoriais assegurados, sendo preciso iniciar uma campanha de autodemarcação das terras, com apoio de algumas Ongs, para então conseguir a demarcação oficial, que só foi concluída em agosto de 2003.

Grupo Guaikurú em Toy Art
7 – Grupo Guaikurú

Os Guaikurús são grupos indígenas cujas línguas pertencem à família linguística guaicuru. Conhecidos por sua reputação como guerreiros habilidosos, eles utilizavam cavalos em suas caçadas e ataques, o que os tornava uma força temida na região. Originários do norte do Paraguai, migraram para o território brasileiro, principalmente para as regiões dos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, em busca de refúgio da colonização.

Os Kadiwéu, são seus principais representantes no Brasil, juntamente com outros povos do Chaco paraguaio, como os Toba, Emók (ou Toba-Mirí), Mocoví, Abipón (extintos) e Payaguá (extintos). Entre esses grupos, os Kadiwéu são os mais setentrionais e os únicos localizados a leste do rio Paraguai, no Brasil.

A língua Kadiwéu é fundamental para a identidade e a comunicação dentro da comunidade. Embora muitos Kadiwéus tenham facilidade em se comunicar em português, especialmente os mais jovens, a língua indígena continua sendo uma parte vital de sua cultura e tradições. É interessante observar que há diferenças significativas entre a fala masculina e feminina na língua Kadiwéu.

Grupo Iranxe em Toy Art
8 – Grupo Iranxé

Os Iranxe (também são conhecidos como Irantxe), estão localizados em Mato Grosso-MT e segundo dados da FUNASA-2010 sua população é de 379. Manoki é como se autodenominam os índios mais conhecidos como Irantxe, cuja língua não tem proximidade com outras famílias lingüísticas. Sua história, contudo, não é muito diferente da maioria dos índios no Brasil: foram praticamente dizimados em decorrência de massacres e doenças advindas do contato com os brancos. Em meados do século XX, a maior parte dos sobreviventes não viu alternativa senão viver em uma missão jesuítica, responsável por profunda desestruturação sócio-cultural do grupo.

Grupos Jabuti em Toy Art
9 – Grupo Jabuti

Os Jabutis (também são conhecidos como Djeromitxi e Arikapu), são um grupo indígena que habita o sul do estado brasileiro de Rondônia, mais precisamente as Áreas Indígenas Rio Branco, Rio Guaporé e Terra Indígena Jabuti. No passado a tribo foi muito ameaçada pela presença de garimpeiros em sua área original, fato em parte resolvido pela demarcação de suas terras.

A maioria dos falantes da língua jabuti também fala o português e há outros que ainda sabem se comunicar através de outras línguas indígenas.

Grupo Kano em Toy Art
10 – Grupo Kanoê

Os Kanoê (etnônimo brasílico) ou Canoês são um grupo indígena que habita o sul do estado brasileiro de Rondônia, mais precisamente as Terras Indígenas Rio Branco e Rio Guaporé.

Em 1985, os Canoês sofreram ataques de fazendeiros em Corumbiara, município que dá nome ao documentário do franco-brasileiro Vincent Carelli. Não se sabe quantos indígenas (entre eles os da etnia akuntsu) foram mortos, mas especula-se que tenha sido usado um trator de esteira, o mesmo que serve para desmatar grandes áreas.

Grupo Katukina em Toy Art
11 – Grupo Katukina

Os Katukinas são uma denominação atribuída a pelo menos três grupos indígenas distintos.

O primeiro deles pertence à família linguística katukina e é conhecido como Katukina do Rio Biá. Eles estão localizados na região do rio Jutaí, no sudoeste do estado do Amazonas, ocupando Terras Indígenas como Paumari do Cuniuá, Paumari do Lago Paricá, Rio Biá e Tapauá.

Além disso, existem dois grupos da família linguística pano que também são chamados de Katukinas, mas nenhum deles se autodenomina dessa forma. Um desses grupos, localizado nas margens do rio Envira, próximo à cidade de Feijó, é conhecido como Shanenawa e é considerado parte do povo Yawanawá. Esse grupo, historicamente ligado às cabeceiras do rio Gregório, possui uma população atual de 636 pessoas, pertencendo ao tronco linguístico Pano.

O segundo grupo pano, denominado Katukina-Pano, habita aldeias às margens dos rios Campinas e Gregório. Embora eles não reconheçam qualquer significado no nome "Katukina" em sua língua, aceitam essa denominação, que foi atribuída pelo governo. No entanto, nos últimos anos, jovens lideranças indígenas têm promovido a consolidação da denominação Noke Kuin, Noke Kui ou Noke Koi ("gente verdadeira") para o grupo. Internamente, eles utilizam seis outras autodenominações, referentes aos seis clãs nos quais o grupo está dividido. Essas denominações mostram semelhanças linguísticas e culturais com o povo Marubo, indicando uma possível conexão entre esses grupos.

Grupo Koazá em Toy Art
12 – Grupo Kwazá

Os Kwazá (também Coaiá ou Koazá) são um povo ameríndio que habita o sul do estado brasileiro de Rondônia, região onde moravam desde tempo imemorial. Após a abertura da BR-364, nos anos 1960, fazendeiros os expulsaram das terras férteis em que moravam e em 2008 formavam uma sociedade de apenas 40 indivíduos, que viviam na Terra Indígena Tubarão-Latundê, no município de Chupinguaia, junto com os Aikanã e os Latundê. A maioria deles são mestiçados com os Aikanã. Há ainda uma outra família mestiça de Kwazá e Aikanã vivendo na Terra Indígena Kwazá do Rio São Pedro. Falam uma língua isolada que está ameaçada de extinção.

Grupo Makú em Toy Art
13 – Grupo Maku

Os Macus são um grupo indígena brasileiro que se dividem nos subgrupos Dâw, Hupdá, Iuhupde e Nadebe. O termo, contudo, pode remeter ainda a um grupo indígena que habitava o estado brasileiro de Roraima e que se teria fundido com os iecuanas no século XX. Segundo Jorge Pozzobon (1955-2001) é comum na região a distinção entre os chamados "índios do rio", de fala Tukano e Arawak, e os "índios do mato", de fala Maku. Os cerca de três mil Maku (1999) se distribuem num território entre o Brasil e a Colômbia numa área de aproximadamente 20 milhões de hectares, onde se dispersam pelas manchas de floresta, limitada a noroeste pelo rio Guaviare (afluente colombianos do rio Orinoco), ao norte pelo rio Negro, ao sul pelo rio Japurá e a sudeste pelo rio Uneiuxi (afluente brasileiro do Negro).

Grupo Mura em Toy Art
14 – Grupo Mura

Os Mura são um grupo indígena brasileiro que habita o centro e o leste do estado do Amazonas, especialmente nas áreas indígenas Boa Vista, Capivara, Cuia, Cunha, Gavião, Guapenu, Itaitinga, Lago Aiapoá, Murutinga, Natal/Felicidade, Onça, Padre, Paracuhuba, Recreio/São Félix, São Pedro, Tracajá, Trincheira, Méria, Miratu, Tabocal e Pantaleão. Eles ocupam vastas áreas no complexo hídrico dos rios Madeira, Amazonas e Purus, tanto em Terras Indígenas quanto nos centros urbanos regionais, como Manaus, Autazes e Borba.

Desde as primeiras notícias no século XVII, os Mura são descritos como um povo navegante, com amplo conhecimento dos caminhos por entre igarapés, furos, ilhas e lagos. Ao longo de sua história de contato, enfrentaram diversos desafios, incluindo estigmas, massacres e perdas demográficas, linguísticas e culturais.

Originalmente falantes de uma língua isolada, os Mura passaram a utilizar o Nheengatú (Língua Geral Amazônica) para interagir com diferentes grupos étnicos, incluindo brancos, negros e outras populações indígenas. No século XX, o português se tornou a principal língua utilizada pelo grupo.

Apesar das mudanças históricas, os Mura estão empenhados em serem plenamente reconhecidos como um povo diferenciado. Em termos de autodenominação, os Mura adotaram uma abordagem que combina a miscigenação e a territorialidade. Eles se referem a si mesmos como "caboclos legítimos do rio Madeira", incorporando o termo regional "caboclo" para indicar sua condição mista, mas reafirmando sua identidade como pertencente a uma área geográfica específica.

Quanto à língua, os Mura falavam originalmente a língua Mura, pertencente a um tronco linguístico isolado. No entanto, eles também adotaram o Nheengatú e, posteriormente, o português. Atualmente, os Mura estão empenhados em valorizar e resgatar as diversas "gírias" da língua Mura, como parte de seus esforços de revitalização linguística e cultural.

Grupo Nambikwara em Toy Art
15 – Grupo Nambikwara

Os Nambikwara, também conhecidos por uma variedade de nomes como Anunsu, Anunzê, Nanbikuara, Nambikuara, Nambiquara, Nhambikuara ou Nhambiquara, constituem um povo indígena brasileiro localizado no oeste do Mato Grosso e em Rondônia. Em 1999, a população somava 1.145 indivíduos, com costumes baseados na caça e coleta, e que tiveram contato limitado com não indígenas até 1965, quando invasões de suas terras para garimpo e extração de madeira começaram.

O grupo é dividido em subgrupos, incluindo os Nambikwara do Campo, Nambikwara do Norte, Nambikwara do Sararé e Nambikwara do Sul. Existem diversas formas de grafar seu etnônimo, e desde o início do século XX, o termo é utilizado para designar os diversos grupos que ocupam a região do noroeste do Mato Grosso e adjacências de Rondônia.

Os Nambikwara falam línguas da família linguística Nambikwara, que não tem relação comprovada com outras famílias linguísticas da América do Sul. Esta família linguística pode ser dividida em três grandes grupos de línguas faladas em diferentes regiões do território Nambikwara: Sabanê, Nambikwara do Norte e Nambikwara do Sul.

A língua Sabanê é falada por grupos que habitavam o extremo norte do território Nambikwara, e embora tenha diferenças em relação às outras línguas, pertence à família linguística Nambikwara. Grupos falantes do Nambikwara do Norte habitam os vales dos rios Roosevelt e Tenente Marques, enquanto os do Nambikwara do Sul ocupam áreas como o vale do Juruena e regiões do vale do Guaporé e do Sararé.

Apesar de falarem a mesma língua, os grupos Nambikwara do Sul têm dificuldades de entender uns aos outros devido às variações dialetais. Esses grupos são conhecidos por diferentes nomes e habitam regiões específicas que influenciam suas línguas e culturas distintas.

Grupo Pano em Toy Art
16 – Grupo Pano

Os panos são grupos indígenas cujas línguas pertencem à família linguística Pano. No passado, foram chamados de barbudos.

Segundo alguns linguistas, o termo pano é pejorativo: vem de panobu, que significaria "os chorões", não sendo uma auto-denominação destes povos, mas sim, um heterônimo, dado por povos pertencentes a outras famílias linguísticas.

Os povos pertencentes à família Pano estão localizados no extremo oeste da Amazônia brasileira e na região correspondente ao piemonte andino, no Peru.

Todos os povos cujas denominações são terminados pelo sufixo -nawa, -náua ou -nauá pertencem a este grupo: Kaxinawá, Yawanawá, Shawanawá (ou Shawadawã), Shanenawá, Jaminawá, entre outros. Também pertencem a este grupo os Marubo e Corubo (Vale do Javari) e Shipibo (Juruá-Ucaially peruano). Os Katukina do Acre também falam uma língua da família Pano (não confundir com os Katukina do Amazonas). Aparentemente o sufixo -náua ou -nawa designa "povo" ou "gente", acrescido de um prenome indica a que clã este povo pertence. Ex: Shanenaua (povo do pássaro azul), Yawanawá (povo do queixada), etc. Os povos Pano ou nawa compartilham semelhanças não apenas linguísticas mas também nas músicas tradicionais, nas práticas ritualísticas, nas histórias tradicionais e na pintura corporal, entre outros aspectos de sua cultura.

Toy Art Grupo Trumai
17 – Grupo Trumai

17 – Grupo Trumai

O Trumai é uma língua isolada, e hoje restam apenas cerca de 30 falantes, com as crianças optando cada vez mais por aprender o português. Esse grupo é parte do Parque Indígena do Xingu, considerado um dos maiores parques indígenas multiétnicos do mundo. A língua Trumai, não classificada em nenhuma família linguística, está em risco de extinção devido ao pequeno número de falantes e ao uso predominante do português entre os jovens Trumai, além da influência cultural e linguística de outros povos da região do Xingu.

Os falantes de Trumai estão distribuídos em quatro localidades: as aldeias de Boa Esperança, Três Lagoas e Steinen e o posto indígena Pavuru, no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. A língua Trumai está ameaçada de desaparecer devido à predominância do português entre os jovens e à influência cultural e linguística dos povos vizinhos.

A origem dos Trumai difere da maioria dos outros povos da região do Xingu, acredita-se que tenham se originado no Sudeste e se deslocado para sua localização atual por volta do século XIX, devido a conflitos intertribais e à colonização. Durante sua história, nunca houve um número significativo de população devido a guerras e epidemias.

Influências externas levaram os Trumai a se unirem a outros grupos da região para garantir sua sobrevivência, o que resultou em mudanças culturais e linguísticas significativas. A introdução de novos alimentos e objetos, como a mandioca, o milho e a rede de dormir, mudou a vida cotidiana dos Trumai. Na língua Trumai, surgiram novos termos e outros desapareceram ao longo do tempo.

Alguns falantes do Trumai mencionam a existência de uma variação da língua chamada Wahldat, que foi desaparecendo ao longo do tempo, resultando na variação única conhecida atualmente. Além disso, existe o mito do Pequi, uma história difundida entre os Trumai que explica a origem do fruto do pequi para eles, relacionado a acontecimentos de traição e vingança entre personagens míticos.


Toy Art Grupo Tikuna
18 – Grupo Tikuna

Os Ticuna, também conhecidos como Tikuna, Tukuna ou Magüta, constituem um povo ameríndio que habita a região fronteiriça entre o Peru e o Brasil, assim como o Trapézio Amazônico na Colômbia. Com uma população de mais de 50.000 indivíduos, são o maior povo indígena da Amazônia brasileira. Apesar disso, o investimento em educação indígena em sua língua nativa começou apenas recentemente no Brasil.

Os Ticuna no Brasil agora têm acesso à literatura escrita e educação fornecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pelo Ministério da Educação. Professores nativos qualificados em português e Ticuna utilizam livros didáticos em Ticuna para ensinar a língua às crianças. Além disso, um projeto de grande escala gravou e transcendeu narrativas tradicionais, fornecendo material literário aos Ticuna alfabetizados.

A língua Ticuna foi declarada oficial no Amazonas em 2023, juntamente com outras 15 línguas indígenas. A fonologia do Ticuna inclui uma variedade de consoantes e vogais, além de um sistema tonal complexo, com até seis tons fonéticos distintos.

Morfologicamente, o Ticuna é razoavelmente analítico, com a maioria dos morfemas sendo livres e considerados "palavras" com significado próprio. O gênero é uma categoria central na língua Ticuna, manifestada em formas clíticas que combinam animosidade, distância e tempo.

Toy Art Grupo Tukano
19 – Grupo Tukano

A família lingüística Tukano Oriental engloba pelo menos 16 línguas, dentre as quais o Tukano propriamente dito é a que possui maior número de falantes. Ela é usada não só pelos Tukano, mas também pelos outros grupos do Uaupés brasileiro e em seus afluentes Tiquié e Papuri. Desse modo, o Tukano passou a ser empregado como língua franca, permitindo a comunicação entre povos com línguas paternas bem diferenciadas e, em muitos casos, não compreensíveis entre si.

Em alguns contextos, o Tukano passou a ser mais usado do que as próprias línguas locais. A língua tukano também é dominada pelos Maku, já que precisam dela em suas relações com os índios Tukano. Já as línguas classificadas como tukano ocidentais são faladas por povos que habitam a região fronteiriça entre Colômbia e Equador, como os Siona e os Secoya.

Considerando o significativo número de pessoas da bacia do Uaupés que estão residindo no Rio Negro e nas cidades de São Gabriel e Santa Isabel, estima-se que cerca de 20 mil pessoas falem o Tukano. As outras línguas desta família são faladas por populações menores, predominando em regiões mais limitadas. É o caso dos Kotiria e Kubeo no Alto Uaupés, acima de Iauareté; do Pira-tapuya no Médio Papuri; do Tuyuka e Bará no Alto Tiquié; e do Desana em comunidades localizadas no Tiquié, Papuri e afluentes.

Toy Art Grupo Txapakura
20 – Grupo Txapakura

Os Txapakuras, vieram das regiões de bacias, igarapés, afluentes e cabeceiras de rios localizados no sudoeste da Amazônia. Ocupavam as regiões das bacias do rio laje e as Bacias do rio Ouro Preto, o igarapé da Gruta, o igarapé Santo André e o igarapé rio Negro, as afluente da margem direita do Mamoré de onde veio uma de suas denominações.

Entretanto, até o início do século XX mantiveram-se isolados, possivelmente porque viviam em áreas de acesso difícil ou de pouco interesse econômico. Os Waris, do grupo Txapakuras foram mencionados pela primeira vez na história pelo Coronel Ricardo Franco em 1798, encontrados as margens do rio Pacaás Novos.

Essa situação veio a mudar com o desenvolvimento do processo de vulcanização da borracha, que aconteceu em meados do século XIX, que provocou a busca por essa matéria prima nas florestas, até então muito pouco exploradas.

Toy Art Grupo Yanomami
21 – Grupo Yanomami

O grupo linguístico Yanomami é composto por pelo menos quatro subgrupos adjacentes que falam línguas da mesma família: Yanomae, Yanõmami, Sanima e Ninam. Estima-se que a população total dos Yanomami, no Brasil e na Venezuela, fosse de cerca de 35.000 pessoas em 2011.

O termo "Yanomami" foi criado pelos antropólogos a partir da palavra yanõmami, que significa "seres humanos". Essa expressão destaca a identidade do povo Yanomami em contraste com outras categorias como animais de caça, seres invisíveis ou estrangeiros. De acordo com a mitologia Yanomami, sua origem remonta à união do demiurgo Omama com a filha do monstro aquático Tëpërësiki.

Os Yanomami têm uma relação complexa com os estrangeiros, chamados de napëpë, que incluem os brancos. Segundo a tradição oral, os estrangeiros também foram criados pelo poder demiúrgico de Omama, surgindo da espuma do sangue de ancestrais Yanomami devorados por jacarés e ariranhas.

Os antigos Yanomami não possuíam afinidade genética, antropométrica ou linguística com seus vizinhos atuais, sugerindo que são descendentes de um grupo indígena isolado desde tempos remotos. O centro histórico de seu habitat fica na Serra Parima, onde iniciaram seu processo de diferenciação interna há aproximadamente 700 anos. A expansão geográfica dos Yanomami começou no século XIX, impulsionada pelo crescimento demográfico e pela aquisição de novas plantas de cultivo e ferramentas metálicas por meio de trocas e guerras com grupos indígenas vizinhos.

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*Otaku (おたく?) é um termo usado no Japão e outros países para designar os fãs de animes e mangás. Entretanto, no Japão, o termo pode ser utilizado para designar um fã de qualquer coisa em um grande excesso.

A palavra otaku em japonês é, originalmente, um tratamento respeitoso na segunda pessoa(お宅? lit. seu lar), ou "vossa casa", uma espécie de pronome do nipônico mais arcaico. Essa referencia surgiu da combinação entre a prosperidade econômica do Japão no pós-guerra, a relação intensa entre consumo e tecnologias midiáticas e o apelo das referências visuais dos mangás (história em quadrinhos) e dos animes (filme de animação).Otaku passou a ser atribuído às pessoas que passavam muito tempo em casa, consumindo tal cultura.



O humorista e cronista Akio Nakamori observou que a palavra era muito utilizada entre fãs de animes e a popularizou por volta de 1989, quando a utilizou em um de seus livros.

15 comentários:

  1. Olá...muito legal saber de tudo isso...o noroeste do estado de sao paulo era habitado por qual Grupo?

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    1. Agradeço o elogio e sua participação Rodrigo, esse é o melhor pagamento que recebo pelo trabalho que faço :)

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  3. Qual o valor de cada indiozinhos ???para coleção

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    1. Olá,
      infelizmente a Pop-up-store foi descontinuada, não tive apoio de nenhuma instituição/empresa privada para continuar o projeto - não tenho mais indiozinhos à venda :(

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    2. Torço para um financiamento coletivo.
      Parabéns!
      Conheci o trabalho pelo Poranduba, episódio #35 do podcast. Sensacional.

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  4. Que tristeza não ter sido possível continuar um projeto tão bonito! Como mostrar a nossas crianças a riqueza e a beleza dos povos indígenas brasileiros se, quando vamos procurar bonecos por exemplo, encontramos apenas os apaches norte-americanos e ainda quase sempre portando armas ???!!!

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  5. Puxa.....triste mesmo!!!! estou há tempos procurando nossas referências indígenas mas não encontro nada e quando encontro uma beleza destas...não tem mais à venda. Muito triste, mesmo!!!! De qq forma, parabéns Luiz, seu trabalho é lindo!!!

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    1. Muito obrigado por sua participação! por seu apoio e palavras - Tëreikokatu! (eq. a 'Cheers!!' em Tupi Antigo)

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  6. Luiz!
    Parabéns pela sua arte e valorização à cultura indígena!
    O seu trabalho ficou impecável!
    Mas não desista, persista e faça do seu projeto, que é algo inovador, um parâmetro educacional no nosso sistema quase falido.
    Assim que você conseguir um apoio para a produção dos nossos pop-up-store, que você vai conseguir, me mande um email por favor! Quero fazer parte desta família! kleidyanne.marques@gmail.com

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    1. Muito obrigado pelo apoio e por suas palavras Kleidyanne, espero mesmo que esse trabalho possa ser valorizado e multiplicado, de forma a promover efetivamente o conhecimento e consequente amor pela nossa história e nossas origens, e como repercussão, tenhamos nossa gente e biomas preservados e devidamente valorizados.

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  7. Oi, Luiz
    Seu trabalho é espetacular. Sou Pesquisadora de arte e Cultura Indígena e não conheço nenhum trabalho de artes que chegue aos pés de todo o material que você produziu. Eu moro no Rio de Janeiro, faço parte do coletivo da Aldeia Marakanã que fica situado no antigo Museu do Índio. Nós fazemos atividades e eventos na Universidade Indígena Aldeia Marakanã. Gostaria de convidá-lo para nós visitar e mostrar o seu trabalho pra gente.
    Sou Júlia Xavante, professora de artes da Rede Estadual de Ensino do RJ e promotora de eventos da Aldeia.

    Meus contatos:
    juliarte23@hotmail.com
    Whatsapp 97524-7471

    Obrigada por compartilhar todo o seu conhecimento e pesquisa

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  8. Poxa, que trabalho incrível! Eu fiquei muito interessado em comprar alguns, mas triste quando vi que a ideia foi descontinuada... Não é possível um financiamento coletivo? Acho que faria o maior sucesso, e eu não só apoiaria como também divulgaria ao máximo. Ou quem sabe uma parceria com alguma aldeia ou grupo de artesã(o)s, para produzir e vender em regime de encomenda?
    De qualquer forma, se a venda for reaberta em algum momento, agradeceria por ser informado em santanav2014@gmail.com!
    Parabéns!!!

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  9. Oi, Luiz
    Seu trabalho é espetacular. Sou Professora de História e Cultura Indígena e não conheço nenhum trabalho de artes que chegue aos pés de todo o material que você produziu. Eu moro em Manaus, faço parte do Conselho Indígena Kukama da Amazônia que fica situado em Manaus Am. Nós fazemos atividades e eventos, oficinas na língua kukama. Gostaria de convidá-lo para nós visitar e mostrar o seu trabalho pra gente.

    Meus contatos:
    ytka.diretoriadasmulheres@gmail.com
    Whatsapp 92988340855

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