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domingo, 3 de janeiro de 2016

Indígenas Brasileiros em Toy Art - Grupos Étnicos

Etnias Indígenas em Toy Art
Existe um universo de culturas dentro do Brasil, que por medo, tédio e/ou preconceito, poucos se atrevem a conhecer, esse universo é composto por quase um milhão de pessoas, aproximadamente 305 grupos étnicos, falando 274 idiomas diferentes, eles tem sua própria concepção de mundo, religião, conhecimentos únicos de botânica, ecologia e sustentabilidade...

Para eliminar o ‘tédio’, adotei o perfil Tupi-Pop dos meus blogs, resolvi abordar cada etnia por meio de Toy Arts, e tal qual as centenas de Pokemons, personagens de Naruto, etc., as etnias indígenas serão assuntos de fácil entendimento aos *Otakus Tupi-Pop.

A partir do descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500, os europeus passaram a ter um grande contato com as tribos tupis-guaranis que estavam espalhadas por praticamente toda a costa brasileira. Os tupis-guaranis chamavam os indígenas de fala diversa à sua de Tapuia – que, em sua língua, significava "inimigo". Este vocábulo foi incorporado pelos europeus, que passaram a considerar que, no país, havia apenas duas grandes nações indígenas: a Tupi-Guarani e a Tapuia.

Os Tapuias, considerados pelos europeus como mais primitivos e de catequese e conquista mais difíceis, foram duramente combatidos e exterminados – e muitos dos povos e tribos então existentes desapareceram de forma tão completa que sequer existe registro direto de sua existência.

No século XIX, o cientista alemão Carl Friedrich Philipp Von Martius percorreu grande parte do território brasileiro e propôs uma divisão dos índios brasileiros segundo um critério linguístico. Baseado nesse critério, ele criou o grupo gê, que englobava tribos que falavam línguas semelhantes e que costumavam autodenominar-se utilizando a partícula gê, que significava "pai", "chefe" ou "antepassado"'. Um nome alternativo, segundo o próprio Martius, seria cram, pois, nesse grupo, também era muito utilizada a partícula cran ("filho", "descendente") para a nomeação das tribos. Grande parte das antigas tribos tapuias estava englobada pelo grupo Gê.


Toy Art de grupos étnicos, orixás, lendas e outros brasileiros de Luiz Pagano - a melhor maneira de aprender é se divertir sem estigmatizar o indivíduo (se você quiser saber mais, entre em contato conosco no contato@blemya.com)

Já no começo do século XX, os antropólogos passaram a rejeitar o nome "Tapuia" e adotaram a denominação de "Gês" para este outro grupo de famílias linguísticas. Em 1953, a Associação Brasileira de Antropologia adotou a forma "Jê" em substituição a "Gê". Com a reforma ortográfica, que preconizava o uso de "j" em vez de "g" para os termos oriundos das línguas indígenas brasileiras, a palavra "Gê" passou a ser grafada "jJê".

Por apresentarem semelhanças nas suas origens é possível classificar os grupos linguísticos e os troncos linguísticos, o linguista Morris Swadesh fez um importante trabalho de classificação que alem da linhagem genética, levava em consideração o método conhecido como glotocronologia, no qual determina-se primeiramente a partir de um vocabulário básico de cem ou duzentos termos comuns, quais são os verdadeiros cognatos, (palavras que se demonstram serem derivadas de uma única palavra ancestral). Uma taxa de 81% de cognatos indica cinco séculos desde que as duas línguas se separaram; 36% indicariam aproximadamente 2.500 anos de separação;  12% uns 5.000 anos.

Infelizmente as línguas nativas de tribos indígenas brasileiras estão entre as mais ameaçadas de extinção no mundo - Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga era quase sinônimo de falar língua de índio. Somente 2 em cada 5 habitantes da cidade conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma” siba mais

Por motivos como esses, segundo uma classificação feita pela National Geographic Society e pelo Living Tongues Institute for Endangered Languages. Os idiomas índios estão sendo substituídas pelo espanhol, o português e idiomas indígenas mais fortes na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai, nos Andes e na região do Chaco, revelaram os pesquisadores. Por exemplo: menos de 20 pessoas falam Ofaié, e menos de 50 conseguem se expressar em Guató.

Grande maioria dos países foram construídos encima da destruição de povos, o Brasil é um dos poucos que ainda tem a importante chance de resgatar identidade e de aprender com o povo remanescente, dessa forma, conseguimos estabelecer a classificação de 20 grupos étnicos, sendo quatro deles os mais importantes (Tupi, Macro Jê, Aruak e Karib) descritos abaixo:
Grupo Tupi em Toy Art
1 - Grupo Tupi

O termo "tupis" possui dois sentidos: um genérico e outro específico. O sentido genérico do termo remete aos índios que habitavam a costa brasileira no século 16 e que falavam a língua Tupi Antiga. O sentido específico do termo remete aos índios que habitavam a região o litoral brasileiro inclusive a atual cidade de São Vicente, na mesma época, foram os primeiros índios a terem contato com os portugueses que aqui chegaram.

O Grupo Tupi se divide em 10 famílias: Tupi-Guarani, Arikém, Aweti, juruna, Mawé, Puroborá, Mundurukú, Ramarama e Tuparí.
Grupo Macro-Jê em Toy Art
2 - Grupo Macro-Jê

As línguas do tronco macro-jê legaram algumas palavras para a língua portuguesa, embora não de modo tão expressivo quanto as línguas do tronco tupi. Geralmente, são topônimos da Região Sul do Brasil com origem na língua caingangue, como Goioerê, Xanxerê, Erechim, Erebango, Campo Erê, Goioxim, Nonoai etc.
Grupo Aruak em Toy Art
3 – Grupo Aruak

As línguas aruaques, nuaruaques, aruak ou arawak formam uma família de línguas ameríndias da América do Sul e do Mar do Caribe. As línguas aruaques são faladas em grande parte do território das Americas ao sul em direção ao Paraguai e ao norte, em países da costa norte da América do Sul, como o Suriname, a Guiana e a Venezuela.

Segundo o linguista Ayron Rodrigues, essa língua, também conhecida como Lokono, era falada em algumas ilhas antilhanas, como Trinidad. Quando os europeus inciaram sua colonização do Caribe, os Aruák aí dividiam e disputavam o mesmo espaço com os Karib, e foi com uns e outros que aqueles tiveram seus primeiros contatos com a população nativa e com suas línguas. Assim como Karib, o nome Aruák veio a ser usado para designar o conjunto de línguas encontradas no interior do continente e aparentadas à língua Aruák. Ainda segundo esse autor, esse conjunto de línguas foi também chamado de Maipure ou Nu-Aruák e corresponde ao que Carl Friedrich Von Martius há mais de um século chamou de Guck ou Coco.
Grupo Karib em Toy Art
4 - Grupo Karib

As línguas caribes, karib, caribas, caraíbas são uma família linguística indígena da América Central e da América do Sul. Ela está dispersa por todo o norte da América do Sul, desde a foz do Rio Amazonas até os Andes colombianos, mas também aparece no Brasil central. As línguas caribes são relativamente próximas entre si.
Grupo Aikaná em Toy Art
5 – Grupo Aikaná

Os Aicanãs (também conhecidos como Aikanã, Massacá, Massaká, Huari, Corumbiara, Kasupá, Mundé, Tubarão, Winzankyi) são um povo indígena brasileiro. Falam a língua Aicanã. Os aikanã vivem no estado de Rondônia, na bacia do rio Guaporé. Suas três aldeias fazem parte da Terra Indígena Tubarão-Latundê, localizada a 100 quilômetros da fronteira com a Bolívia e a 180 quilômetros da cidade mais próxima, Vilhena.
Grupos Arawá em Toy Art
6 – Grupo Arawá

Os Arawá, (também conhecidos como Arauá, Deni, Jarawara, Kanamanti, Kulina, Paumari, Jamamandi e Zuruahá), são um grupo indígena que habita o sudoeste do estado brasileiro do Amazonas, mais precisamente na "Terra Indígena Deni", situada nos municípios de Itamarati e Tapauá.

Os primeiros contatos dos Arawá com o homem branco provavelmente se deram no final do século XIX ou primeiros anos do século XX.

Os Arawá estão entre os grupos indígenas da região dos rios Juruá e Purus que, na década de 1940, sofreram os impactos do segundo ciclo da borracha, que atraiu milhares de migrantes. Com estes, vieram doenças, violentas disputas territoriais e exploração da mão de obra indígena. Desde então, os Arawá tiveram que esperar décadas até terem seus direitos territoriais assegurados, sendo preciso iniciar uma campanha de autodemarcação das terras, com apoio de algumas Ongs, para então conseguir a demarcação oficial, que só foi concluída em agosto de 2003.
Grupo Guaikurú em Toy Art
7 – Grupo Guaikurú

O termo guaicurus remete aos grupos indígenas cujas línguas pertencem à família lingüística guaicuru. Eram famosos por serem uma tribo guerreira que se utilizavam de cavalos para as caçadas e ataques. Migraram para o território brasileiro, na região dos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, fugindo da colonização na região do norte do Paraguai.
Grupo Iranxe em Toy Art
8 – Grupo Iranxé

Os Iranxe (também são conhecidos como Irantxe), estão localizados em Mato Grosso-MT e segundo dados da FUNASA-2010 sua população é de 379. Manoki é como se autodenominam os índios mais conhecidos como Irantxe, cuja língua não tem proximidade com outras famílias lingüísticas. Sua história, contudo, não é muito diferente da maioria dos índios no Brasil: foram praticamente dizimados em decorrência de massacres e doenças advindas do contato com os brancos. Em meados do século XX, a maior parte dos sobreviventes não viu alternativa senão viver em uma missão jesuítica, responsável por profunda desestruturação sócio-cultural do grupo.
Grupos Jabuti em Toy Art
9 – Grupo Jabuti

Os Jabutis (também são conhecidos como Djeromitxi e Arikapu), são um grupo indígena que habita o sul do estado brasileiro de Rondônia, mais precisamente as Áreas Indígenas Rio Branco, Rio Guaporé e Terra Indígena Jabuti. No passado a tribo foi muito ameaçada pela presença de garimpeiros em sua área original, fato em parte resolvido pela demarcação de suas terras.

A maioria dos falantes da língua jabuti também fala o português e há outros que ainda sabem se comunicar através de outras línguas indígenas.
Grupo Kano em Toy Art
10 – Grupo Kanoê

Os Kanoê (etnônimo brasílico) ou Canoês são um grupo indígena que habita o sul do estado brasileiro de Rondônia, mais precisamente as Terras Indígenas Rio Branco e Rio Guaporé.

Massacre

Em 1985, os Canoês sofreram ataques de fazendeiros em Corumbiara, município que dá nome ao documentário do franco-brasileiro Vincent Carelli. Não se sabe quantos indígenas (entre eles os da etnia akuntsu) foram mortos, mas especula-se que tenha sido usado um trator de esteira, o mesmo que serve para desmatar grandes áreas.
Grupo Katukina em Toy Art
11 – Grupo Katukina

Catuquinas ou Katukinas é uma denominação atribuída a pelo menos três grupos indígenas.

O primeiro deles, da família linguística katukina, os chamados Katukina do Rio Biá, localizados na região do rio Jutaí, no sudoeste do estado do Amazonas, nas Terras Indígenas Paumari do Cuniuá, Paumari do Lago Paricá, Rio Biá e Tapauá.

São também chamados Katukina dois grupos da família linguística pano, localizados no estado do Acre. Mas nenhum desses dois grupos pano reconhece o termo "katukina" como autodenominação. Um deles, localizado nas margens do rio Envira, próximo à cidade de Feijó, autodenomina-se Shanenawa e seria parte de um clã do povo Yawanawá:

"Desde os tempos imemoriais, os Yawanawá, o povo da queixada, ocupam as cabeceiras do rio Gregório, afluente do rio Juruá, geograficamente pertencente ao município de Tarauacá, Acre. Sua população atual é de 636 pessoas e pertence ao tronco linguístico Pano. As famílias estão distribuídas nas comunidades Nova Esperança, Mutum, Escondido, Tibúrcio e Matrinxã. As comunidades são formadas pelas famílias Yawanawá, Arara, Kãmãnawa (povo da onça), Iskunawa (povo do japó), Ushunawa (povo da cor branca), Shanenawa (povo do pássaro azul), Rununawa (povo da cobra) e Kaxinawá (povo do morcego)."
Já o outro grupo, denominado Katukina-Pano, habitante das aldeias localizadas nas margens dos rios Campinas e Gregório, não reconhece qualquer significado no nome "Katukina" na sua língua, mas aceita a denominação. Dizem os seus integrantes que ela foi "dada pelo governo". No entanto, nos últimos anos, jovens lideranças indígenas têm estimulado a consolidação da denominação de Noke Kuin, Noke Kui ou Noke Koi (em português, "gente verdadeira") para o grupo. Internamente, são usadas seis outras autodenominações, que se referem aos seis clãs nos quais o grupo se divide. Observou-se que tais denominações são praticamente idênticas aos nomes de alguns clãs do povo Marubo, com o qual os chamados Katukina-Pano apresentam várias outras semelhanças linguísticas e culturais.
Grupo Koazá em Toy Art
12 – Grupo Kwazá

Os Kwazá (também Coaiá ou Koazá) são um povo ameríndio que habita o sul do estado brasileiro de Rondônia, região onde moravam desde tempo imemorial. Após a abertura da BR-364, nos anos 1960, fazendeiros os expulsaram das terras férteis em que moravam e em 2008 formavam uma sociedade de apenas 40 indivíduos, que viviam na Terra Indígena Tubarão-Latundê, no município de Chupinguaia, junto com os Aikanã e os Latundê. A maioria deles são mestiçados com os Aikanã. Há ainda uma outra família mestiça de Kwazá e Aikanã vivendo na Terra Indígena Kwazá do Rio São Pedro. Falam uma língua isolada que está ameaçada de extinção.
Grupo Makú em Toy Art
13 – Grupo Maku

Os Macus são um grupo indígena brasileiro que se dividem nos subgrupos Dâw, Hupdá, Iuhupde e Nadebe. O termo, contudo, pode remeter ainda a um grupo indígena que habitava o estado brasileiro de Roraima e que se teria fundido com os iecuanas no século XX. Segundo Jorge Pozzobon (1955-2001) é comum na região a distinção entre os chamados "índios do rio", de fala Tukano e Arawak, e os "índios do mato", de fala Maku. Os cerca de três mil Maku (1999) se distribuem num território entre o Brasil e a Colômbia numa área de aproximadamente 20 milhões de hectares, onde se dispersam pelas manchas de floresta, limitada a noroeste pelo rio Guaviare (afluente colombianos do rio Orinoco), ao norte pelo rio Negro, ao sul pelo rio Japurá e a sudeste pelo rio Uneiuxi (afluente brasileiro do Negro).
Grupo Mura em Toy Art
14 – Grupo Mura

Os muras são um grupo indígena brasileiro que habita o centro e o leste do estado do Amazonas, mais precisamente nas áreas indígenas Boa Vista, Capivara, Cuia, Cunha, Gavião, Guapenu, Itaitinga, Lago Aiapoá, Murutinga, Natal/Felicidade, Onça, Padre, Paracuhuba, Recreio/São Félix, São Pedro, Tracajá, Trincheira, Méria, Miratu, Tabocal e Pantaleão.
Grupo Nambikwara em Toy Art
15 – Grupo Nambikwara

Os Nambikwara, também chamados Anunsu, Anunzê, Nanbikuara, Nambikuara, Nambiquara, Nhambikuara ou Nhambiquara, são um povo indígena brasileiro. Estão localizados no oeste do Mato Grosso e em Rondônia.

Em 1999, somavam 1 145 indivíduos. Seus costumes são a caça e a coleta e quase nunca tiveram contato com os não índios até 1965, quando não índios começaram a invadir suas terras para o garimpo e para a extração ilegal de madeira.

Seus subgrupos são os Nambikwara do Campo (Mato Grosso e Rondônia), Nambikwara do Norte (Mato Grosso e Rondônia), Nambikwara do Sararé (Mato Grosso) e Nambikwara do Sul (Mato Grosso).

Sua língua pertence à família Nambikwara.
Grupo Pano em Toy Art
16 – Grupo Pano

Os panos são grupos indígenas cujas línguas pertencem à família linguística Pano. No passado, foram chamados de barbudos.

Segundo alguns linguistas, o termo pano é pejorativo: vem de panobu, que significaria "os chorões", não sendo uma auto-denominação destes povos, mas sim, um heterônimo, dado por povos pertencentes a outras famílias linguísticas.

Os povos pertencentes à família Pano estão localizados no extremo oeste da Amazônia brasileira e na região correspondente ao piemonte andino, no Peru.

Todos os povos cujas denominações são terminados pelo sufixo -nawa, -náua ou -nauá pertencem a este grupo: Kaxinawá, Yawanawá, Shawanawá (ou Shawadawã), Shanenawá, Jaminawá, entre outros. Também pertencem a este grupo os Marubo e Corubo (Vale do Javari) e Shipibo (Juruá-Ucaially peruano). Os Katukina do Acre também falam uma língua da família Pano (não confundir com os Katukina do Amazonas). Aparentemente o sufixo -náua ou -nawa designa "povo" ou "gente", acrescido de um prenome indica a que clã este povo pertence. Ex: Shanenaua (povo do pássaro azul), Yawanawá (povo do queixada), etc. Os povos Pano ou nawa compartilham semelhanças não apenas linguísticas mas também nas músicas tradicionais, nas práticas ritualísticas, nas histórias tradicionais e na pintura corporal, entre outros aspectos de sua cultura.
Toy Art Grupo Trumai
17 – Grupo Trumai

O Trumai é uma língua isolada e realmente comprometida, foi o ultimo grupo a cehgar no Xingú.  Existem hoje apenas 30 falantes e as crianças não mais aprendem a língua, preferindo falar o português, embora alguns deles também falem outras línguas xinguanas, como o Kamayará, o Aweti ou o Suyá.
Toy Art Grupo Tikuna
18 – Grupo Tikuna

Os Ticuna (Tikuna, Tukuna ou Magüta) são um povo ameríndio que habita, atualmente, a fronteira entre o Peru e o Brasil e o Trapézio amazônico, na Colômbia. Formam uma sociedade de mais de 50 000 indivíduos, divididos entre Brasil (36 mil), Colômbia (oito mil) e Peru (sete mil), sendo o mais numeroso povo indígena da Amazônia brasileira.
Toy Art Grupo Tukano
19 – Grupo Tukano

A família lingüística Tukano Oriental engloba pelo menos 16 línguas, dentre as quais o Tukano propriamente dito é a que possui maior número de falantes. Ela é usada não só pelos Tukano, mas também pelos outros grupos do Uaupés brasileiro e em seus afluentes Tiquié e Papuri. Desse modo, o Tukano passou a ser empregado como língua franca, permitindo a comunicação entre povos com línguas paternas bem diferenciadas e, em muitos casos, não compreensíveis entre si.

Em alguns contextos, o Tukano passou a ser mais usado do que as próprias línguas locais. A língua tukano também é dominada pelos Maku, já que precisam dela em suas relações com os índios Tukano. Já as línguas classificadas como tukano ocidentais são faladas por povos que habitam a região fronteiriça entre Colômbia e Equador, como os Siona e os Secoya.

Considerando o significativo número de pessoas da bacia do Uaupés que estão residindo no Rio Negro e nas cidades de São Gabriel e Santa Isabel, estima-se que cerca de 20 mil pessoas falem o Tukano. As outras línguas desta família são faladas por populações menores, predominando em regiões mais limitadas. É o caso dos Kotiria e Kubeo no Alto Uaupés, acima de Iauareté; do Pira-tapuya no Médio Papuri; do Tuyuka e Bará no Alto Tiquié; e do Desana em comunidades localizadas no Tiquié, Papuri e afluentes.
Toy Art Grupo Txapakura
20 – Grupo Txapakura

Os Txapakuras, vieram das regiões de bacias, igarapés, afluentes e cabeceiras de rios localizados no sudoeste da Amazônia. Ocupavam as regiões das bacias do rio laje e as Bacias do rio Ouro Preto, o igarapé da Gruta, o igarapé Santo André e o igarapé rio Negro, as afluente da margem direita do Mamoré de onde veio uma de suas denominações.

Entretanto, até o início do século XX mantiveram-se isolados, possivelmente porque viviam em áreas de acesso difícil ou de pouco interesse econômico. Os Waris, do grupo Txapakuras foram mencionados pela primeira vez na história pelo Coronel Ricardo Franco em 1798, encontrados as margens do rio Pacaás Novos.

Essa situação veio a mudar com o desenvolvimento do processo de vulcanização da borracha, que aconteceu em meados do século XIX, que provocou a busca por essa matéria prima nas florestas, até então muito pouco exploradas.
Toy Art Grupo Yanomami
21 – Grupo Yanomami

Os ianomâmis,Yanomami, Yanoama, Yanomani ou Ianomami são índios caçadores-agricultores que habitam o Brasil e a Venezuela. Compõe-se de quatro subgrupos: Yanomae, Yanõmami, Sanima e Ninam. Cada subgrupo fala uma língua própria: juntas, elas compõe a família linguística ianomâmi. A tribo Ianomâmi é a sétima maior tribo indígena brasileira, com 15 mil pessoas distribuídas em 255 aldeias relacionadas entre si em maior ou menor grau. A noroeste de Roraima, estão situadas 197 aldeias que somam 9 506 pessoas e, a norte do Amazonas, estão situadas 58 aldeias que somam 6 510 pessoas.



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*Otaku (おたく?) é um termo usado no Japão e outros países para designar os fãs de animes e mangás. Entretanto, no Japão, o termo pode ser utilizado para designar um fã de qualquer coisa em um grande excesso.

A palavra otaku em japonês é, originalmente, um tratamento respeitoso na segunda pessoa(お宅? lit. seu lar), ou "vossa casa", uma espécie de pronome do nipônico mais arcaico. Essa referencia surgiu da combinação entre a prosperidade econômica do Japão no pós-guerra, a relação intensa entre consumo e tecnologias midiáticas e o apelo das referências visuais dos mangás (história em quadrinhos) e dos animes (filme de animação).Otaku passou a ser atribuído às pessoas que passavam muito tempo em casa, consumindo tal cultura.



O humorista e cronista Akio Nakamori observou que a palavra era muito utilizada entre fãs de animes e a popularizou por volta de 1989, quando a utilizou em um de seus livros.

15 comentários:

  1. Olá...muito legal saber de tudo isso...o noroeste do estado de sao paulo era habitado por qual Grupo?

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    1. Agradeço o elogio e sua participação Rodrigo, esse é o melhor pagamento que recebo pelo trabalho que faço :)

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  3. Qual o valor de cada indiozinhos ???para coleção

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    1. Olá,
      infelizmente a Pop-up-store foi descontinuada, não tive apoio de nenhuma instituição/empresa privada para continuar o projeto - não tenho mais indiozinhos à venda :(

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    2. Torço para um financiamento coletivo.
      Parabéns!
      Conheci o trabalho pelo Poranduba, episódio #35 do podcast. Sensacional.

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  4. Que tristeza não ter sido possível continuar um projeto tão bonito! Como mostrar a nossas crianças a riqueza e a beleza dos povos indígenas brasileiros se, quando vamos procurar bonecos por exemplo, encontramos apenas os apaches norte-americanos e ainda quase sempre portando armas ???!!!

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  5. Puxa.....triste mesmo!!!! estou há tempos procurando nossas referências indígenas mas não encontro nada e quando encontro uma beleza destas...não tem mais à venda. Muito triste, mesmo!!!! De qq forma, parabéns Luiz, seu trabalho é lindo!!!

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    1. Muito obrigado por sua participação! por seu apoio e palavras - Tëreikokatu! (eq. a 'Cheers!!' em Tupi Antigo)

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  6. Luiz!
    Parabéns pela sua arte e valorização à cultura indígena!
    O seu trabalho ficou impecável!
    Mas não desista, persista e faça do seu projeto, que é algo inovador, um parâmetro educacional no nosso sistema quase falido.
    Assim que você conseguir um apoio para a produção dos nossos pop-up-store, que você vai conseguir, me mande um email por favor! Quero fazer parte desta família! kleidyanne.marques@gmail.com

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    1. Muito obrigado pelo apoio e por suas palavras Kleidyanne, espero mesmo que esse trabalho possa ser valorizado e multiplicado, de forma a promover efetivamente o conhecimento e consequente amor pela nossa história e nossas origens, e como repercussão, tenhamos nossa gente e biomas preservados e devidamente valorizados.

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  7. Oi, Luiz
    Seu trabalho é espetacular. Sou Pesquisadora de arte e Cultura Indígena e não conheço nenhum trabalho de artes que chegue aos pés de todo o material que você produziu. Eu moro no Rio de Janeiro, faço parte do coletivo da Aldeia Marakanã que fica situado no antigo Museu do Índio. Nós fazemos atividades e eventos na Universidade Indígena Aldeia Marakanã. Gostaria de convidá-lo para nós visitar e mostrar o seu trabalho pra gente.
    Sou Júlia Xavante, professora de artes da Rede Estadual de Ensino do RJ e promotora de eventos da Aldeia.

    Meus contatos:
    juliarte23@hotmail.com
    Whatsapp 97524-7471

    Obrigada por compartilhar todo o seu conhecimento e pesquisa

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  8. Poxa, que trabalho incrível! Eu fiquei muito interessado em comprar alguns, mas triste quando vi que a ideia foi descontinuada... Não é possível um financiamento coletivo? Acho que faria o maior sucesso, e eu não só apoiaria como também divulgaria ao máximo. Ou quem sabe uma parceria com alguma aldeia ou grupo de artesã(o)s, para produzir e vender em regime de encomenda?
    De qualquer forma, se a venda for reaberta em algum momento, agradeceria por ser informado em santanav2014@gmail.com!
    Parabéns!!!

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  9. Oi, Luiz
    Seu trabalho é espetacular. Sou Professora de História e Cultura Indígena e não conheço nenhum trabalho de artes que chegue aos pés de todo o material que você produziu. Eu moro em Manaus, faço parte do Conselho Indígena Kukama da Amazônia que fica situado em Manaus Am. Nós fazemos atividades e eventos, oficinas na língua kukama. Gostaria de convidá-lo para nós visitar e mostrar o seu trabalho pra gente.

    Meus contatos:
    ytka.diretoriadasmulheres@gmail.com
    Whatsapp 92988340855

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