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sábado, 20 de abril de 2019

Karapotó

Toy Art Karapotó

#NomesOutros nomes ou grafiasFamília linguísticaInformações demográficas
92Karapotó
Tupi-Guarani
UF / PaísPopulaçãoFonte/Ano
AL2189Funasa 2006



O Estado do Sergipe deve seu nome a um acontecimento relacionado à essa etnia, o cacique Serigy da aldeia Aracajú, comandou um exercito indígena aliado aos franceses contra invasores portugueses. Os franceses e os Karapotó mantiveram essa posição até o ano de 1590 quando os Portugueses finalmente conseguiram invadir suas terras. O estado, Sergipe do Tupi antigo, significa 'rio da caranguejo'.e a capital, Aracaju, também do Tupi, significa o cajueiro das araras, mantiveram seus nomes até os dias de hoje.

Entre os outros povos indígenas do Baixo São Francisco os Karapotó foram evangelizados pelas jesuítas. Sofreram dizimação pelos bandeirantes no século XVI. A invasão dos criadores de gado sofreram outros massacres para perder suas terras. Depois os sobreviventes eram transferidos as missões em Pacatuba, Colégio, Águas Belas e Vila de Penedo. Outros eram designados para cuidar do gado da igreja em Boa Cica. Com a expulsão dos jesuítas por ordem de Pombal, as fazendas da igreja foram leiloadas e vendidas aos colonizadores. A população dos Karapotó foi dispersa na região e negando sua identidade indígena passaram a trabalhar para os fazendeiros e senhores de engenho. Muitos queriam manter suas tradições foram para Colégio junto aos Kariri. No século XIX os Karapotó se encontravam no município de Porto Real do Colégio. Durante a Republica lutaram pelos seus direitos e conseguiram reaver parte de seu território no Rio Boa Cica e construíram a aldeia Karapotó Plaki-ó (índios on line).
Indios Karapotós - ao fundo, casas de alvenaria do programa 'Minha Casa, Minha Vida Indigena' da Caixa Economica Federal

Os Karapotó com Xukuru e Kariri ocuparam a sede da FUNAI em 2011 para protestar o adiamento da demarcação da suas terras. Eles retomaram a fazenda Salobra alegando era deles, pois a comunidade se dividiu em três facções porque terra não era suficiente para a população plantar e alimentar. O povoado Terra Nova, localizada às margens da rodovia, impediram os tráfico na rodovia BR-101 em protestaram por seus direitos em outubro 2015. Por três anos ele protestam a duplicação da BR-101. Agora protestam a votação da PEC 215, que altera as regras para demarcação de terras indígenas.

Estilo da Vida

Os Karapotó vivem na aldeia Karapotó Plaki-ó e no povoado Nova Terra na zona rual do município de São Sebastião a 10 km da cidade. A comunidade possui um ambulatório médico e uma escola, mas faltam médicos no ambulatório. Os indígenas participaram na construção de casas novas pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Muitos deles aumentam a renda da comunidade por trabalhar como pedreiros e serventes e ajudaram na construção.

Sociedade

As escolas indígenas entre os povos indígenas em Alagoas falta prédios e matéria apropriados. Na cidade de São Sebastião, região Agreste, o povo Karapotó Terra Nova tem apenas uma unidade de ensino regular para educar suas crianças de acordo com a cultura deles. Não há cadeiras suficientes, o prédio está danificado e os computadores enviados demoraram ter um técnico para os instalarem. O resultado é que os lídres queixam que as 70 crianças que frequentam a escola percam sua cultura. Em 2011 a Associação das Mulheres Karapotó de Plak-ô organizou a visita de Papai Noel dos Correiros para as crianças da aldeia, a primeira vez que as receberam brinquedos. Também os voluntariado Correios fez uma reforma no prédio da escola.

Idioma

Hoje em dia os Karapotós falam somente falam o idioma português.

Localização

Alagoas, na Reserva Indígena Karapotó, de 1.810 ha, reservada e registrada no CRI, entre a rodovia BR 101 e o riacho Boacica, com 1.088 Karaotó (SIASI/SESAI 2013).
Território Karapotó

Bibliografia

DAI/AMTB 2010, 'Relatório 2010 - Etnias Indígenas do Brasil', Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos -instituto.antropos.com.br/

HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.

ÍNDIOS online, http://www.indiosonline.net, acessado 8 de novembro de 2015.

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